27/07/2015

Uma fotografia


Há momentos que nos deixam sem palavras. As minhas pesquisas sobre o passado do Casteleiro, factos, pessoas, estórias, seguem a bom ritmo. O ritmo do tempo disponível para seguir pistas, confirmar hipóteses, etc… Pequenos avanços, grandes recuos, por vezes enormes decepções, becos onde não se vislumbra qualquer saída, enfim, um pouco de tudo!   Mas o material existente é já vasto, grande parte inédito como, aliás, tenho aqui deixado alguns apontamentos.
Desta vez estava às voltas com o “dossier” Santo Amaro. Tantas e tantas estórias sobre a Quinta, os seus sucessivos donos… De repente uma foto! Uma foto que está a permitir um avanço de investigação até aqui completamente bloqueado. Claro que tem a ver com o Morgado… Fica a foto. Referências havia algumas. Mas, às vezes, como referi, ficamos sem palavras. As estórias, documentadas, a que esta foto permitiu chegar são verdadeiramente fascinantes! Ficam para outro tempo…
 




"Reduto", crónica de António José Marques


22/07/2015

Dia dos Avós - 26 de Julho


No Dia dos Avós, a comemorar-se no dia 26 de Julho, que, por resolução 50/2003 da Assembleia da República, foi a data escolhida por ser o dia de S. Joaquim e de Santa Ana, pais da Virgem Maria e avós do Menino Jesus, que melhor prenda lhes podemos dar? É, com amor e carinho, proporcionar-lhes conforto e bem-estar, estimando-os, honrando-os, respeitando-os e agradecendo-lhes tudo o que por nós fizeram e fazem, em especial, por complementarem a nobre missão dos pais e, ainda, por nos darem conselhos e transmitirem ensinamentos, resultantes da sabedoria e experiência de vida que, ao longo dos anos, com suor e lágrimas, adquiriram nessa douta “Universidade da Vida.”
Pessoalmente, eu que também sou avô, com respeito e gratidão, presto a minha homenagem a todos os avós, dedicando-lhes este poema, extraído do meu livro “Pedaços da Minha Vida - Outros Poemas”:

SER AVÓS       

Ser avós...
É, antes, terem sido pai e mãe
De filhos
E estes terem filhos também;

Ser avós…
É, em tempo, serem também
Dos netos,  
Pai e mãe;

Ser avós…
É, mesmo trabalhando com ardor,
Não se cansarem de dar aos netos
Muito carinho e amor;

Ser avós…
É, com toda a ternura
Que brota do coração,
Dar aos netos e netas,
A todos a mesma afeição;

Ser avós…
É, com gosto e prazer,
Dar aos netos não só o pão,
Mas, com alguma psicologia,
Dar-lhes também a educação;

Ser avós…
É, para os netos,
Com a sua experiência e sabedoria,
Modelo de vida a seguir
Pela vida fora, dia a dia;

Ser avós…
É, mesmo com as mãos trémulas,
Aquando já velhinhos,
Não deixam de afagar os netos
Como se fossem seus filhinhos;

Aos avós…
É, por tudo isto,
Com um beijo de gratidão
Que os netos, hoje,
Lhes dão um chi-coração.







Daniel Machado




18/07/2015

Marinheiros do Concelho no Casteleiro

Dia 1 de Agosto os Marinheiros naturais do Concelho do Sabugal realizam no Casteleiro o seu XXI encontro anual. Com o apoio da Junta de Freguesia vamos ter “mar chão e ventos de feição”.





17/07/2015

Festa de Santo António

Está a chegar a Festa de Santo António. Parabéns aos mordomos que, com querer, arte e engenho, mantêm viva esta tradição e momento único de encontro dos casteleirenses. Viva a festa!
 

 
 

 

15/07/2015

Aplicação de produtos fitofarmacêuticos












Está em fase de conclusão o curso de “Aplicação de produtos fitofarmacêuticos”, uma iniciativa do CACC com a colaboração da Junta de Freguesia. Esta formação é obrigatória já que, nos termos da lei, a partir de 26 de Novembro só quem seja portador do cartão de “aplicador” poderá adquirir os referidos produtos. No Casteleiro frequentaram o curso 36 pessoas divididas em duas turmas.


06/07/2015

Um casteleirense em terras do Brasil

Antes do grande surto emigratório, sobretudo para França, iniciado na década 50 e que se confirmou na década seguinte (o Casteleiro perdeu 693 habitantes de 1950 a 1970), houve casteleirenses que partiram em busca de uma vida que fosse para além do trabalho agrícola de sol a sol. O destino mais comum foi o Brasil e também a Argentina.
 
 
Foi o caso do nosso conterrâneo agricultor Amândio Valentim. Nascido a 3 de Fevereiro de 1892, filho de José Valentim e de Maria Nabais e casado com Libânia Ferreira. Com passaporte emitido pelo Governo Civil de Lisboa a 4 de Março de 1939 e visto do consulado dois dias depois, aos 47 anos de idade parte de vapor para o Brasil. No Casteleiro deixa a sua esposa Libânia e 5 filhos: Joaquim, Manuel e Orlindo (já falecidos), Idalina e Maria. Por terras do Brasil terá ficado até cerca de 1951. Regressado ao Casteleiro faleceu em meados da década de sessenta.
 
Embora tenha partido para o Brasil 6 meses antes do início da II Grande Guerra, Amândio Valentim já tivera o seu quinhão de militar. A 21 de Março de 1917, integrado no Corpo Expedicionário Português, com 25 anos de idade, partia para França onde combateu na frente de batalha na I Guerra Mundial. Participou na Batalha de La Lys a 9 de Abril de 1918 e após ter sido ferido em combate por três vezes, foi evacuado da “frente” e embarcou para Lisboa a 13 de Setembro de 1918.
 
Um agradecimento especial ao meu amigo Manuel Cerveira Valentim, filho de Orlindo Valentim e neto de Amândio Valentim que me ajudou a “enquadrar” a descendência familiar, gente que muitos de nós conhecemos e que estão entre nós.
 
 
 
"Reduto", crónica de António José Marques