27/02/2014

O Regedor


Figura respeitada, o Regedor, era um subordinado do Presidente da Câmara, ao serviço do Estado, donde não recebia qualquer ordenado pelo trabalho que fazia, ocupando-lhe muitas vezes, todo o seu tempo. Para além do policiamento da freguesia, era chamado a intervir nas situações mais insólitas e até caricatas, como o roubo de uma galinha, fazer as pazes entre marido e mulher, em brigas, desacatos, comprovar óbitos…fazer o registo, anual, da produção de cereais, vinho e azeite, penalizando os proprietários que não fornecessem corretamente estes dados.
Para o auxiliar em todas as suas tarefas, tinha às suas ordens e nomeados por este, os chamados Cabos de Policia, sendo por norma rapazes de boa constituição física, e de preferência, acabados de chegar da tropa.
Em plena II Guerra Mundial e com escassez de alimentos, a comida era racionada e a cada família, o Regedor atribuía senhas de racionamento, através das quais era possível levar para casa um pouco de açúcar, arroz…sempre insuficientes para as necessidades das crianças e adultos.
Quem se lembra do Ti Américo Fortuna como o último Regedor do Casteleiro? Morava perto igreja e também da estalagem. Habitava a casa onde atualmente mora seu filho José Fortuna.
 

 
 
 
 
"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia
 
 

24/02/2014

Três javalis!

 

No passado domingo dia 23 de Fevereiro, realizou-se mais uma montaria no Casteleiro, organizada por um grupo caçadores com o aval do Clube de Caça e Pesca do Casteleiro. Com pontaria certa o resultado da batida cifrou-se em três javalis. O Casteleiro está activo, em mais uma modalidade e recomenda-se!
Beatriz Nabais

20/02/2014

Marcas de um regime...























Salazar encontrou na educação o terreno fértil para a proliferação da sua ideologia

A FORMATAÇÃO DE UM POVO

«Ensinai aos vossos filhos o trabalho, ensinai às vossas filhas a modéstia, ensinai a todos a virtude da economia. E se não poderdes fazer deles santos, fazei ao menos deles cristãos», Salazar.
«Instrução aos mais capazes, lugar aos mais competentes, trabalho a todos, eis o essencial», Salazar.
«Para cada braço, uma enxada, para cada família o seu lar, para cada boca o seu pão», Salazar.
«Tudo pela Nação, nada contra a Nação», Salazar.
«Vós pensais nos vossos filhos, eu penso nos filhos de todos vós», Salazar.





"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia





16/02/2014

Limpeza de 88 hectares previne incêndios


Teve início esta semana a execução do projecto de implementação da “rede primária”, uma faixa de redução ou interrupção de combustíveis com cerca de 125 metros de largura. Este projecto, que a Junta de Freguesia candidatou ao programa PRODER, tem por objectivo promover a defesa da floresta contra incêndios, nomeadamente garantindo condições para diminuição da superfície percorrida por grandes incêndios e, por outro lado, permitindo uma intervenção directa de combate.

A área é definida pelo plano distrital da defesa da floresta contra incêndios e, na freguesia de Casteleiro, irá abranger a criação de faixas num total de 88 hectares.


12/02/2014

Licença de trânsito - Bicicleta


Hoje trago à vossa lembrança a “Licença de Trânsito” que permitia a livre circulação da bicicleta nas ruas e estradas das nossas aldeias e vilas. Também, esta, uma receita camarária, que juntamente com outras constituíam parte do magro orçamento destas parcelas do território português.
Com uma história riquíssima, a sua evolução, transporta-nos para as famosas “pasteleiras”. Para os mais novos, desconhecedores desta realidade, este veículo, era pesadíssimo, utilizando no seu fabrico, não alumínio como atualmente, mas sim ferro: forte e feio, como se costuma dizer.
Hoje em dia é considerado o meio de transporte mais utilizado e limpo no mundo.
Registo as vantagens que tem para a saúde, quando utilizada na prática desportiva, no lazer dos mais novos ou como veículo de transporte para o trabalho.
Mantenha-se atento!
Prometo trazer aqui mais uns pedaços de História.
 





"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia


06/02/2014

Lar implementa "Gabinete de Imagem"


No seguimento do trabalho desenvolvido e tendo em conta a nossa missão, Visão e Valores, o Lar S. Salvador no Casteleiro implementou o Gabinete de Imagem com o objectivo de proporcionar aos nossos utentes uma sensação de bem-estar, de relaxamento e de elevação de auto- estima.
Para este novo serviço alcançar os seus objectivos, a Direcção faz um enorme esforço em tempos difíceis que correm, para continuar a dar aos seus utentes serviços de elevada qualidade. Portanto, faz todo o sentido a existência de um espaço adequado à prática deste tipo de cuidados.
Sendo os cuidados de imagem fundamentais para a melhoria da qualidade de vida e auto-estima dos utentes, no Gabinete de Imagem são realizados os seguintes tratamentos: depilação, manicure, hidratação da pele, massagens localizadas de relaxamento e serviço de cabeleireira.
A adesão dos utentes ao Gabinete de Imagem tem sido muito satisfatória, tendo vindo a aumentar gradual e significativamente, o que leva a concluir que esta iniciativa seja uma mais-valia não só para a qualidade de vida dos utentes como para a própria instituição.

A Direcção do Lar S. Salvador


04/02/2014

Apontamentos sobre a nossa história recente


Não vai assim tão distante na História, o tempo em que, para tudo e para nada, era necessário uma licença específica quer fosse para, acender o isqueiro ou, simplesmente, para o carro de bois poder “circular” em caminhos de lama ou na estrada alcatroada. Para ridículo da questão, as respetivas licenças tinham que acompanhar, sempre, o verdadeiro utilizador e, no caso do carro de bois, teria que a exibir em local bem visível às autoridades. Por hoje, ocupemo-nos, apenas da licença do isqueiro.
A licença do isqueiro foi um dos símbolos das absurdas taxas aplicadas ao cidadão pelo regime de Salazar. Os portadores dos isqueiros eram obrigados, no início de cada ano civil, a deslocarem-se às finanças para tirar a respetiva licença de porte e uso, medida essa que, levava aos cofres do Estado muitos milhares de escudos, usurpados aos magros bolsos de muitos portugueses. Quem não cumprisse tal normativo e fosse apanhado a acender, na via pública, um simples cigarro, candidatava-se ao pagamento de uma coima, deveras superior ao valor da licença.
É evidente que contra este exagero, havia aqueles que, não concordando, boicotavam tal medida.
Deste tempo … não temos saudade alguma!

NOTA: Qualquer semelhança com a realidade dos nossos dias pode ser pura ficção.







"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia