08/10/2014

Marcas de um Tempo


Percorrendo algumas das ruas do nosso Casteleiro são visíveis, aqui e ali, sinais de um tempo alicerçado em muitas vivências e histórias de vida verdadeiramente enriquecedoras.
A velha porta da loja tem ainda bem visível o orifício que dava livre acesso ao gatinho lá da casa bem como aos seus amigos da rua. Sinal, também, de liberdade e de amizade para com os animais de estimação lá de casa.
As colunas graníticas, sinal de robustez e segurança, ajudam a manter a parede da casa, enquanto o telhado, acentuadamente ondulado, já não dá garantias de segurança no inverno que se aproxima.
A argola de ferro feita a partir do «olho de sacho», entalada entre as duas pedras de granito, servira para prender o burro enquanto o dono descarregava a lenha ou as sacas de feijão que era preciso guardar e preservar das chuvas inverniças. Com a rédea ali entalada o burro mais não tinha do que esperar que o seu dono lhe desse a ordem de soltura.
Agora, e apesar da porta já não abrir ela continua a ser a sentinela do tempo e, o gato continua a usar a sua liberdade, como aliás sempre fez!
 

 
 
 
"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia
 
 
 
 

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