13/01/2011

Entrevista com a Vereadora Sandra Fortuna


Pela primeira vez, há na Câmara do Sabugal um(a) Vereador(a) do Casteleiro. E está a desempenhar muito bem o seu cargo.
Na sequência imediata de o «Viver Casteleiro» a ter considerado a Personalidade do Ano, a Dra. Sandra Fortuna foi por mim desafiada «em segredo» para esta entrevista, logo a seguir ao Ano Novo, a primeira para este nosso «sítio». Devido às suas muitas ocupações, só agora ficou concluída – o que é muito bom sinal: a Sandra não brinca em serviço, quis responder ponderadamente e com verdade sentida. A «nossa» Sandra não fugiu a nenhuma pergunta, ao contrário do que me costumam fazer outros «políticos».
Estamos apenas a meio de Janeiro, pelo que ainda se justificam os votos de Bom Ano com que abrimos… Vamos ler o que tem para nos dizer a «nossa» Vereadora da Câmara do Sabugal, que é também Secretária-Geral de uma IPSS na Covilhã e Presidente da Direcção do nosso Lar do Casteleiro.

José Carlos Mendes - Olá, Sandra. Bom Ano.
Sandra Fortuna - Olá. Bom Ano para si e para os leitores também.

- Sandra, um ano e pouco depois, como é estar numa posição de destaque como vereadora no Sabugal?
-Como já referi noutra entrevista, encaro a política como um enorme e aliciante desafio. Considero que se não me achasse capaz de contribuir para uma melhoria do trabalho do executivo não teria ocupado o lugar de vereadora. Tenho-me empenhado nas funções que agora exerço e o meu desejo é fazer sempre mais e melhor, mas tentando também fazer diferente.

- O caso da Administração da empresa municipal Sabugal + supomos que seja apenas mais um, embora tenha tido muita visibilidade. Há mais situações de constrangimento?
- Quando os processos não são explicados com a transparência necessária permanecem sempre dúvidas.

- A Sandra Fortuna, enquanto Vereadora, representa o concelho todo, como qualquer outro vereador, claro, mas é inevitável perguntar algo sobre o Casteleiro: acha que o facto de a nossa terra ter alguém na Câmara tem tido vantagem especial? Acho que é a primeira vez na história local que temos alguém a sentar-se na Câmara mesmo…
-Tendo eu nascido e crescido no Casteleiro, nutro por esta terra um sentimento inexplicável, gosto muito do Casteleiro. Em todos os locais onde estou e nos órgãos onde pertenço (políticos e não políticos), faço questão de falar sempre do nosso Casteleiro, como também no Concelho do Sabugal. Tenho consciência que todas as freguesias têm de ter o mesmo tratamento nos assuntos que apresentam à Câmara Municipal.
O Concelho do Sabugal é riquíssimo em tradições, respeito todas e orgulho-me por pertencer a um Concelho como o do Sabugal.

- Muita gente alude ao facto de a Sandra ser hoje uma espécie de sucessora da «Lucindinha», que, por ser Presidente da Junta era membro da Assembleia Municipal. Acha que é assim? Sente essa responsabilidade?
- Sinto um enorme orgulho no trabalho da Lucinda no Concelho do Sabugal e sobretudo no Casteleiro. O facto de existirem comparações é para mim uma satisfação, pois a Lucinda era uma pessoa determinada, justa e leal aos seus amigos. É uma referência.
No que diz respeito à responsabilidade, penso que estar em lugares políticos (neste caso como vereadora) exige sempre muita responsabilidade.

Considera a acção da Lucinda uma espécie de luz orientadora?
- Quando falo na Lucinda emociono-me sempre. Uma pessoa com enorme valor que para mim estará sempre presente e de quem tenho uma saudade infinita.
Só quem a conheceu consegue perceber as minhas palavras.

- Quem está eleito e vota aquelas propostas no dia-a-dia, que responsabilidades sente quando levanta o braço – seja para dizer sim, seja para dizer não?
- O papel da oposição na Câmara Municipal tem de ser, do meu ponto de vista, construtivo. Tem sido assim desde o início do nosso mandato. Ninguém pode dizer que a Câmara não está a desenvolver trabalho por responsabilidade da oposição PS. Temos provas de que o nosso objectivo não é prejudicar o trabalho de quem está no poder. Mas sim criticar quando temos de o fazer e apresentar propostas quando achamos oportuno.

- A Sandra foi professora alguns anos. O que fica desse tempo?
- Ficam tantas coisas. O ser professora é das profissões mais bonitas e encantadoras que se pode ter. A experiência valeu muito a pena, o contacto com os meus alunos, a evolução de cada um, momentos quase únicos.

- Outro domínio em que a Sandra se desdobra é o da actividade social: Secretária-Geral de uma IPSS e Presidente da Direcção de outra (o Lar do Casteleiro, neste caso), além do já referido cargo de Vereadora. Há mesmo tempo para tanta coisa? Qual é o segredo?
-Não há segredos. Para conseguir desenvolver todos os projectos, para além de planificar tudo muito bem, existe um factor determinante. Gosto do que faço! Nestas coisas a parte prejudicada acaba por ser a família. Que tem sido uma enorme força e motivação. Mas também os bons amigos que tenho sempre a meu lado.

- Sandra, agradecemos o depoimento. Ficamos a conhecê-la melhor. Bom sucesso para as suas tantas actividades!
- Obrigada. Foi um prazer.


Entrevista de autoria de José Carlos Mendes

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